20110823

Programas em OFF

 Na era em que a maquina começa a tomar o espaço da visão do homem diante o mundo, e ele olha isso como uma criança encantada diante de um novo brinquedo relutando a aceitar sua condição de capacho sobre aquele aparelho,não percebe que seu espaço é tomado, pois as idéias e objetos já não se relacionam, pararam de falar entre si, dentro de um contexto onde o que parecia fazer todo sentido se perdeu na programação.






“A liberdade por louvada que seja é incômoda, exige esforço, e não oferece garantia de sucesso. O atordoamento pela situação é um bom método para evita – lá” (Vilém 
Flusser).
                               E de vista para uma paisagem totalmente modificada pelo homem cheia de interferências, sob a visão de uma janela utilizo materiais simples para fugir dos recursos da maquina, que nos traz a comodidade da “reinvenção” da imagem e crio meus próprios recursos para modificar a paisagem, sem me programar e assim fazer em 
miúdos seus recursos, utilizando do a nua e crua, se é que realmente é possível deixar de trabalhar para essa maquina e fazer com que ela trabalhe para nos.





Usando a maquina com um recurso, retrato o conflito entre duas intenções: a do fotografo e a do aparelho, o que resultou em uma serie que apela para novos recursos, estes independentes da intervenção da câmera, utilizando se apenas da sua função de segurar a imagem, sem fleches ou qualquer recurso que quebrasse a originalidade das imagens.













“A filosofia da fotografia é necessária porque é uma reflexão sobre as possibilidades de se viver livremente num mundo programado por aparelhos”(Vilém Flusser)













”Fotografias, são imagens técnicas que transcodificam conceitos em superfícies” (Vilém Flusser)
   


  “Quanto maior a distancia, tanto mais ampla a visão,mas,também,tanto mais indistintos os detalhes e tanto menos fiel o plano da situação concreta”(Vilém Flusser)  



















"O fotógrafo é sempre peça num jogo bem maior que ele." (Vilém Flusser)


20110812

Arquitetura Desconstrutivista











 “ A arquitetura deve nos fazer sentir diferente, se não, a engenharia já seria o suficiente.” Daniel Libeskind.
Desconstrução: termo que surge pela primeira vez em um texto de E. Husserl, trata a desconstrução como decomposição, desmontagem dos elementos da escrita de modo a se descobrir partes de um texto que estejam dissimuladas. (ponto!)
A partir do termo, o conceito de desconstrução é elaborado por Jacques Derrida, filósofo, afirma que as palavras não possuem a capacidade de expressar tudo o que se quer por elas exprimir, de modo que palavras e conceitos não comunicam o que prometem e assim, são capazes de serem modificados no pensamento. Sendo assim, o que vemos, ouvimos e dizemos só poderia ser de fato uma verdade imutável, se aceitarmos desconstruir, encontrar a essência, tirar o ambíguo e despertar os sentidos.  
Em outras palavras, seria como dizer que para sentir o que um texto, uma obra de arte, ou no nosso caso, uma edificação quer realmente lhe transmitir, fosse preciso que os excessos fossem retirados e o essencial lhe causasse uma inquietação, despertasse uma curiosidade, vontade diferente de querer saber, descobrir .  

Fonte: http://www.arquitetonico.ufsc.br/arquitetura-desconstrutivista